26.2.09
Portugal dos pequeninos (II)
Portugal dos pequeninos
23.2.09
A Brigada dos Bons Costumes volta a atacar
21.2.09
Do Carnaval e das personae
20.2.09
Com os votos de um bom Carnaval
19.2.09
Parece que o carnaval já começou...
18.2.09
17.2.09
O mundo: hoje e amanhã
Confesso que só hoje, depois de ler uma série de comentários acerca do programa Prós & Contras, da RTP 1, que abordou a questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, é que fui ver a gravação do programa. Ontem não vi o programa porque tinha mais o que fazer e também porque já estou habituado a ter que filtrar muita da informação com que nos inundam o serão e já não tenho pachorra para certas coisas.
Relativamente à questão direi apenas que aquilo que mais parece preocupar os defensores do não se resume ao medo: o medo de que a aprovação do casamento origine um ataque a um certo modelo de família; o medo do que possa vir a acontecer no futuro. E quando se tem medo, a solução parece ser o imobilismo.
Relativamente aos defensores do sim, a questão tem que ver com o reconhecimento de direitos e com a não discriminação de que têm sido / são alvo.
Os argumentos aduzidos, alguns são bizarros e hilariantes.
Não deixa de me causar espanto que a nossa sociedade tenha necessidade de efectuar um debate desta natureza. E que os medos e os pavores ainda condicionem tanto tanta gente.
Não sei se já repararam, mas nós estamos a viver o fim de um ciclo. As ideologias que nos governaram parecem ter ruído, com consequências que ainda não conhecemos na sua totalidade. O sistema capitalista estourou (está a implodir!). A ideologia marxista implodiu com a queda do muro de Berlim em 1989. (Restam resquícios, contaminados com ideologia capitalista na China). A ideologia do racionalismo iluminista, cuja raiz mais visível remonta à Revolução Francesa de 1789, foi claramente posta em causa com o colapso do sistema capitalista e com a emergência do fundamentalismo islâmico. O Cristianismo, enquanto sistema organizado de ideias, tem vindo a ser abalado, principalmente no mundo ocidental, nos últimos 20 anos.
Francamente, não sei qual é o futuro. Mas acredito que teremos que o construir solidariamente, com tolerância, diálogo e respeito mútuo. E principalmente sem medos.
De que falamos quando falamos de sexo
Curiosa esta preocupação com a procriação e com a continuidade da espécie. A ser assim, as relações sexuais só têm lugar quando há intuitos procriativos. E quando os casais não prociam?
A família fica em causa!
A sociedade não pode renovar-se.