7.4.12
Ladrões de Bicicletas: Et voilà!
Ladrões de Bicicletas: Et voilà!: Aí está o segundo programa da troica, apresentado como um inocente guarda-chuva a abrir em caso de necessidade, isto é, em caso de fracasso...
Portugal Uncut: "A solução? Sugar-lhes o tutano." (Troika)
Portugal Uncut: "A solução? Sugar-lhes o tutano." (Troika): A Alfredo da Costa é encerrada pouco depois de um farmacêutico reformado dar um tiro nas têmporas, gritando "não quero deixar dívidas aos me...
Não perdoamos os carrascos que nos «crucificam»!
Não perdoamos os carrascos que nos «crucificam»!
O governo de ocupação aniquilou-me literalmente qualquer possibilidade de sobrevivência dado que o meu rendimento era inteiramente proveniente de uma pensão que eu, sem qualquer apoio de ninguém nem do Estado, financiei durante 35 anos.
Porque a minha idade me impede de assumir uma acção radical (se não fosse isso, se um cidadão decidisse lutar com uma Kalashnikov, eu seria o primeiro a segui-lo), não me resta nenhuma solução excepto colocar um fim decente à minha vida antes de ser forçado a procurar comida nos caixotes do lixo e de ser um peso para os meus filhos.
Eu acredito que a juventude sem futuro brevemente empunhará armas e enforcará todos os traidores nacionais de cabeça para baixo, como os Italianos fizeram a Mussolini em 1945.
Dimitris Christoulas
23.3.12
Porrada para todos
Um país à beira da ruptura porque alguém, incomodado com os protestos, achou que o povo precisa é de ganhar muito respeitinho pelo chefe e nunca criticar ou protestar. Quanto muito, deveriam sair do país, mas nunca contestar o facto de o chefe nos querer bons alunos, alunos aplicados, alunos não piegas. E para isso nada melhorar do que distribuir pancadaria, já agora aos que mostram uma máquina fotográfica.
Isto além de trágico mostra bem a reduzida inteligência de quem deveria ter responsabilidades políticas. É que se esqueceram que estamos em 2012 e que hoje já todo o telemóvel, mesmo o menos sofisticado, possui câmara de filmar, e que existem redes sociais e internet...
Enfim, nada de novo no Reino da Dinamarca...
19.2.12
Não são preciasas palavras, pois não?
A imagem pertence ao blogue Ladrões de Bicicletas e exprime o nosso futuro próximo. Um futuro trágico e pavoroso, apesar daquilo que muitos dos fazedores de opinião nos quererem fazer crer.
Claro que, e aqui temos que concordar com todos os que assinaram o Memorando de Entendimento com a Troika, se não fosse o programa de assistência financeira já estaríamos todos na bancarrota. E a fome e distúrbio social que se anuncia já fariam parte do nosso quotidiano.
13.2.12
News from Greece
A caixa de Pandora já foi aberta e todos sabemos como esta narrativa irá terminar.
A recente aprovação de mais um pacote com duríssimas e inexequíveis condições de austeridade, a cumprir pelo povo grego, sob imposição da Troika comunitária, mais não permitirá do que fornecer um ténue balão de oxigénio, tempo considerado mais do que suficiente para que os poucos fundos que ainda detêm dívida soberana grega a possam transaccionar no mercado secundário. Porque é exactamente disso que estamos a falar. Ganhar tempo para que os activos tóxicos possam ir parar a outras carteiras, permitindo que a bancarrota - o default, como agora se diz - seja organizada. Tudo isto é por demais evidente, já que nem os responsáveis políticos alemães o negam.
A Grécia está falida e vai declarar a insolvência num espaço de tempo curto.
Aliás, não tem outra hipótese já que não produz nem vai produzir nada com medidas que destroem o parco emprego ainda existente.
A segunda parte da história é que a Europa é bem capaz de se desagregar, pelo menos, como dizíamos há uns tempos atrás, a actual configuração da União Europeia não deverá resistir ao que sucederá a seguir. Mais uma vez, importantes responsáveis políticos alemães já anteciparam e incorporaram esse cenário.
Como fica Portugal?
Muito mal. Aliás, todos os sinais demonstram já que o dito programa de ajuda externa não está a dar os resultados esperados e que, em breve, conheceremos o nosso futuro. Bastará acompanhar, com atenção, o que vai sucedendo na Grécia para percebermos o que nos espera.
Mas a história não termina aqui.
Há uma terceira parte e uma quarta parte e, provavelmente, muitas outras partes ainda antes que o filme termine.
Na Grécia, a violência contra os representantes do poder económico e político, e, em larga medida, contra os opressores, já se manifestou: surgiram cartazes, nas manifestações, apelando ao assassínio dos banqueiros, várias esquadras de polícia foram incendiadas, as lojas outlet de grandes marcas multinacionais foram vandalizadas e incendiadas, repartições das finanças arderam, assim como bancos.
Dir-se-ia - pelo menos foi essa a explicação oficial, foi um grupo de anarquistas violentos, porém as imagens controladas da televisão portuguesa mostraram o queimar da bandeira alemã.
Os relatos que chegam directamente da Grécia assinalam a intensificação da repressão da população por parte das forças policiais gregas que chegaram a temer que a população ocupasse e incendiasse o parlamento, aonde se discutia a aprovação do famoso segundo pacote de resgate.
A Troika, liderada pelo governo alemão, tem vindo a impor e a exigir condições humilhantes ao povo grego. Fica-se com a ideia que o povo grego padece de um pecado original ou o que se lhe quiser chamar: é preguiçoso, corrupto, indolente, não trabalha, não produz e merece ser castigado, merece que sejam outros a dar-lhes ordens e a reconduzi-los à dita produtividade.
Este aspecto é tanto mais grave quanto sabemos, pela história, que a Alemanha Nazi ocupou a Grécia e que, em nome de uma ideologia de uma pretensa superioridade da raça ariana, dizimou vários milhões de habitantes europeus.
Aquilo que se passa hoje na Grécia deveria fazer-nos reflectir colectivamente sobre o que é a Europa e o que queremos que ela seja no futuro.
Pela minha parte, eu jamais vou aprender a falar alemão!
14.1.12
Subscrever:
Mensagens (Atom)