Os tempos definitivamente já não são o que eram.
Sente-se um ar pesado, um ar de chumbo. Pressente-se que algo vai muito mal no reino da Dinamarca.
Até as gaivotas, habituais habitantes de um espaço onde a fronteira entre a terra e o mar se estabelece, decidiram voar para terra, bem dentro e grasnam, como loucas, voando em círculo por cima da janela do meu quarto. Quem me conhece sabe bem que o mar dista do meu quarto perto de 50km e que não há curso de água nem perto nem longe.
Alguém mais avisado dirá que este é o sinal de que a tempestade se aproxima, uma tempestade devastadora, tsunâmica, arrasadora de todos os habitantes marinhos e de alguns terrestres. Não sei. Francamente não sei.
As cabeças bem pensantes e iluminadas continuam a afirmar que estamos no bom caminho. Que tudo o que estamos a passar é um sinal arrebatador do sucesso. Que tudo isto é muito bonito. E que o povo aguenta tudo, ai aguenta aguenta...!
Não tenho tantas certezas.
Mas o futuro aí estará para confirmar ou infirmar estes modos inusitados de olhar o mundo. Espero poder sobreviver ao que aí vem.
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