29.12.10

Hashtag #ensitel: 56 tweets nas últimas 2 horas

A propósito do alarido que se gerou nas redes sociais acerca do abuso de uma empresa de venda de produtos de telecomunicações sobre os direitos do cliente, não deixem de ler este magnífico texto!

PS: não refiro o nome da referida empresa pois, como é sobejamente sabido, parece que quem se atreve a referir-se em termos menos elogiosos à referida empresa leva logo com um processo para responder em tribunal e, quiçá, muitas dores de cabeça. E, naturalmente, fica sob vigilância dos nossos guardiões da moral e dos bons costumes públicos.

Mas que isto me deixa irritado, lá isso deixa!
É que, por aquilo que vou vendo por outras terras, só por cá é que certas empresas se acham senhoras e donas deste mundo e dos outros e acham sempre que ao cliente só lhe deve restar pagar e calar, sempre!

4.12.10

Os acontecimentos parecem estar a precipitar-se

Os acontecimentos parecem estar a precipitar-se.
A divulgação da miséria moral de uma grande nação que, desde há muito tempo, se tem vindo a afirmar como defensora da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, causa-nos estranheza e profunda repulsa. Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço! A verdade é um acto de traição. O importante é continuar a acreditar ingenuamente naquilo que o chefe diz. Por esta parte, estamos conversados.
De Espanha, chegam notícias perturbadoras. Se a greve dos controladores aéreos parece ter incomodado muita gente, a resposta musculada do governo, com uma explícita atitude de suspensão do regime democrático, mais sinais de alarme deve já ter feito soar por este mundo fora. Hoje foram os controladores aéreos, amanhã poderão ser outros grupos profissionais, tudo dependendo do grau de indignação e de desobediência civil que as massas, afectadas por uma crise para a qual não contribuíram e da qual alguém lhes diz serem responsáveis, possam vir a manifestar.
Entretanto, as notícias que a imprensa não divulga mostram que o euro está já em situação de emergência e que não é só a Grécia, a Irlanda ou Portugal que se encontram, factualmente, insolventes.
O circo está a pegar fogo.

2.12.10

Parece que, do outro lado do Atlântico, haja quem já endoideceu

Segundo noticia um blogue de contestação às regras pidescas de controlo nos aeroportos americanos, o absurdo já tomou lugar: uma criança de 4 anos, deficiente motora, foi obrigada a caminhar sem o auxílio dos implantes para que as autoridades pudessem verificar que não se tratava de um terrorista. A notícia está a ser amplamente divulgada pelo canal televisivo CNN:



Depois do escândalo dos documentos divulgados pelo WikiLeaks, estas notícias deixam-me profundamente apreensivo face ao nosso futuro próximo e imediato. Até porque nada nos garante que, amanhã, não tenhamos estes loucos deste lado do Atlântico.

27.11.10

O pânico segue dentro de momentos...

De acordo com o que noticiam alguns sites, estará para breve a revelação de histórias cabeludas envolvendo a diplomacia mais secreta de grandes países, com elevadas responsabilidades no governo e na gestão do governo global do mundo.

A acreditar que tal venha mesmo a suceder, e que os documentos sejam autênticos, só me resta aguardar já com a percepção que vivemos actualmente num período de profunda decadência moral e ética. O mundo está podre. Se calhar, sempre foi assim. A diferença é que antigamente não existiam homens e mulheres com coragem e meios para mostrar, bem alto, a sua indignação perante uma marcha de acontecimentos errada e vil para tantos. Hoje tal é possível. Ainda bem!

Oxalá que este movimento de denúncia possa ajudar os homens, que têm responsabilidades, a perceber, com clareza, o significado da palavra ÉTICA!

22.11.10

From Ireland...

A imagem é a 1ª página de um jornal irlandês e ilustra bem o sentimento de indignação face à situação. Foi encontrada num passeio pelo fórum do Diário Económico.
Esperemos que nunca venhamos a experimentar, por cá, um tal sentimento. São os meus votos para o Novo Ano, que se aproxima!

19.11.10

Perguntas ao vento que passa

Assisti, como qualquer português de gema e patriota, à chegada a Lisboa de tantas e tantas personalidades de relevo internacional, os Senhores do Mundo, como certa imprensa lhes chama. À medida que ia acompanhando tão ilustre cortejo de personagens, fui colocando ao Vento algumas questões que me pareceram pertinentes:

  • Porque razão a necessidade de segurança exige que as ruas e as praças da capital do país estejam despidas de gente? (Preocupou-me a situação pois todas estas imagens me faziam recordar um qualquer filme de ficção científica que terei visto no passado e cujo contexto seria ou o Apocalipse ou o Ensaio sobre a Cegueira)
  • Porque razão a RTP 1 - canal de televisão pago pelos nossos impostos - só mostrava polícias (em grupo ou sinalizados pela presença de carros-patrulha) e nunca se via gente? Acho que entrevistaram 1 ou 2 pessoas? Será que esta é a população de uma capital europeia fervilhante de actividade?
  • Ou será que a situação já é tão deprimente que não há actividade na capital europeia?
  • Porque razão este canal televisivo insiste tanto em sublinhar que já foram presos X potenciais indivíduos, que representam uma perturbação grave à segurança nacional, quando, depois de analisada a informação, se chega à conclusão que estes perigosos sujeitos o são porque transportam consigo T-Shirts e tarjas contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte?
  • Será que isto tem que ver com os custos astronómicos que terão sido gastos com a compra de 5 carros de combate (blindados? Chaimites?) para a protecção neste evento e que, segundo julgo saber, ainda não chegaram ou até serão entregues num futuro não imediato?
  • Porque será que tem sido dada tanta importância a uns portugueses que parece que gostam de fotografar aviões, porque, vivendo nós numa Nação com determinadas especificidades culturais, parece ser natural que haja quem se situe junto dos aeroportos para fotografar esses raríssimos objectos? 
  • Porque razão nos enchem a hora de almoço com não sei quantos directos televisivos para relatar coisa nenhuma?

  • Quanto custa a organização deste evento?
  • Trata-se de um investimento com retorno assegurado? Não me venham com o blá-blá da importância histórica ou simbólica do local ou da associação do nome de Lisboa ao novo conceito estratégico de defesa desta organização porque essas coisas não nos pagam os produtos para a nossa sobrevivência quotidiana!
  • Parece que hoje houve tolerância de ponto no concelho de Lisboa. Será que esta é uma medida adequada para garantir e estimular a produtividade nacional? Isso é ainda uma preocupação, ou não?
  • Porque razão os apelos que têm sido feitos por organizações várias da sociedade civil, incluindo da Igreja Católica, relativos à situação de pobreza de largas franjas da sociedade portuguesa ainda não motivaram a realização de uma cimeira internacional em Lisboa, com o aparato e o investimento da que está actualmente a decorrer, para se encontrarem soluções mais justas e mais equitativas que favoreçam a qualidade de vida, a Paz e a Harmonia de todos os povos?
Adenda: um blogue onde se relatam situações que provavelmente serão desconhecidas de muitos relativamente à situação no Afeganistão

12.11.10

Viva Portugal!

Não posso deixar de concordar com o texto publicado num blogue aqui vizinho. Lisboa, capital do país, vai parar porque sim. Parece que anda muita gente apavorada e convém que o povo se não misture com essas altas personalidades.
E depois, um feriado sempre permite distrair o povo e pode ser que alguém desate a gastar o que ainda tem e a estimular a economia. Sempre seria uma ajuda para controlar as contas públicas deste ano.
Pena é que o feriado só tenha sido atribuído aos trabalhadores do Estado e aos de Lisboa. E só tenha a duração de 1 dia.
Esquerda Republicana: Os malefícios de ser Lisboa

10.11.10

Em jeito de homenagem aos futuros acontecimentos

Pois é, segundo informam blogues e jornais do outro lado do Atlântico, parece que a paranóia securitária - e também alguma (muita) dose de loucura - tomou conta dos nossos aliados.
A ver vamos se, na presença de tão altas individualidades, neste pequeno jardim à beira-mar plantado, o nosso dia-a-dia não é gravemente afectado.

14.10.10

Viva a República!

"Pensões douradas" vão pagar imposto extraordinário de 10%

Quando li o título, pensei imediatamente que finalmente os valores megalómanos de ordenados e pensões de gestores públicos, que têm vindo a ser divulgados na comunicação social, iriam pagar um imposto extraordinário. Mas sabem o que descobri?
Para os detentores do poder, 5.000 euros (brutos) são uma pensão dourada... Já agora qual o atributo de um salário mensal de 40.000 euros (brutos)?
Das duas uma: ou isto está à beira de dar o estouro ou há muita gente a lançar areia para muitos olhos.
As notícias também indicam que se espera uma subida do IVA, com bens alimentares a subirem de 6% para 23% de taxa. Alguém acha que é isto que nos vai tirar do buraco?
Estou para ver o ciclo recessivo em que alegremente vamos entrar e o que acontecerá a seguir. Lá para Maio de 2011, se ainda existirmos, aí virão mais medidas de consolidação orçamental e de redução da massa salarial, porque é preciso cobrar impostos e o povo não está a cooperar (entenda-se, a consumir).
Outra coisa que não compreendo: por que razão a comunicação social do Estado nos brinda com tanta música e tanta dança? Não sei porquê, mas faz-me lembrar a orquestra que continuava a tocar enquanto o Titanic se afundava...
PS: já aqui esteve um video, mas já o eliminei. Acho que seria demasiado doloroso, para quem nos visita, assistir a ele.

5.10.10

Portugal não existe.

Comemora-se hoje, com pompa e circunstância, o centenário da Revolução que implantou a República em Portugal em 1910.
Independentemente do regime político sob o qual somos governados, confesso-vos que estou já plenamente convencido que Portugal não existe.
Portugal é hoje um vocábulo cuja densidade semântica se tem vindo a exaurir.
De acordo com o que noticia o Diário Económico, uma declaração de um funcionário de uma agência de rating estrangeira motivou um agravamento nos juros pagos pelo Estado português para se financiar no exterior.
O que consumimos todos os dias é importado do estrangeiro. Não somos auto-suficientes.
Já não temos moeda própria: usamos a moeda europeia e, segundo foi noticiado na imprensa há uns dias, parece que, a partir de 2011, o nosso orçamento de estado terá que ser previamente apresentado em Bruxelas, para depois ser aprovado por cá.
Cada vez mais, parece haver uma vontade, por parte dos detentores do poder simbólico, em consagrar uma outra língua, sempre com a argumentação de que isso nos fará mais ricos e mais produtivos: veja-se, a este propósito, e como exemplo alegórico, o tão badalado convite a que todos visitem o ALLGARVE.
O que nos resta?
A bandeira, o hino, a cultura, o povo.
Quanto ao povo, não tenho a certeza se os que habitam fora de Portugal são mais do que os que habitam por cá ou se são o mesmo número. Por que razão será que tantos sentem necessidade de sair da sua terra?
Estou plenamente convencido que Portugal é uma palavra que é utilizada de forma recorrente em determinadas ocasiões, digamos, quando dá jeito. É uma palavra que ainda "vende", particularmente em tempo de eleições ou quando é necessário pedir sacríficios, agora eufemisticamente denominados de responsabilidades.
Bom, se o motivo que me levou a escrever foi o centenário da República, então: Viva a República!!!

6.8.10

6 de Agosto de 1945

Hoje é um dia triste.
Comemora-se mais um aniversário, mas este é de muita má memória.
Fica o link para as imagens, que não merecem comentários: Hiroshima, a cidade e o povo mártires.
É PRECISO NÃO ESQUECER.

17.7.10

Da barbaridade que ainda existe em pleno séc. XXI

Vivemos num país ocidental e democrático, onde somos livres para expressar os nossos pontos de vista e para agir, no respeito pela liberdade dos outros.
Infelizmente, aquilo que consideramos natural e legítimo não o é para muitos povos nos mais diversos locais do mundo.
No Irão, país onde a pena de morte existe para inúmeras situações, uma mulher, entre muitas, foi condenada à morte por lapidação (acto bárbaro que nunca pensei ser possível existir) pelo facto de ter cometido adultério. Este é o mesmo país onde não há muito foram enforcados uma série de jovens sob acusação de serem homossexuais.
(Vi as imagens no Youtube, mas não coloquei o link porque o achei demasiado chocante).
Não tenho palavras, mas, naturalmente, lanço o apelo à indignação colectiva contra tudo isto. E fica também o link para uma petição internacional contra a barbárie!
9 de julho de 2010: Mohammad Mostafavi, advogado de Sakineh Ashtiani, disse à AFP: "ainda não fui informado de qualquer suspensão da sentença. Minha cliente continua na prisão."
Uma mulher iraniana encara a morte após ser torturada por um suposto adultério. Em 2006, Ashtiani foi condenada por ter mantido .relações ilícitas. e recebeu 99 chibatadas. Desde então, esta mulher de 43 anos está na prisão, onde se retratou da confissão feita sob a coerção das chicotadas. Só recentemente é que ela foi levada ao tribunal e recebeu um novo julgamento. De novo ela foi condenada e, desta vez, apesar de já ter sofrido uma punição, foi sentenciada à morte por apedrejamento. Essa prática desumana envolve enrolar firmemente a mulher, da cabeça aos pés, com lençóis brancos, enterrá-la na areia até os ombros e golpeá-la à morte com pedras grandes. Ontem, no final da tarde, o governo do Irã negou a informação de que Ashtiani seria executada por apedrejamento, embora sua sentença de morte ainda possa ser levada a cabo por outro método, provavelmente o enforcamento. Os ativistas dos direitos humanos no Irã, incluindo a Anistia Internacional, duvidam da veracidade dessa declaração e continuam preocupados com o destino de Ashtiani. Não podemos deixar Ashtiani tornar-se mais uma vítima do tratamento aviltante e desumano dispensado às mulheres no Irã, que se tornou uma realidade cotidiana. Faça sua voz ser ouvida e encoraje outras pessoas a fazer o mesmo Tome uma atitude contra a prática do apedrejamento; tome uma atitude contra o abuso de mulheres, assine esta petição.

3.7.10

Portugal e a Europa

Somos portugueses e temos orgulho no nosso país.
Somos europeus e temos orgulho em participar na cidadania europeia.
Não percebemos nem tão pouco compreendemos o delírio que parece ter-se apossado de alguns relativamente a Espanha. Se o caso se resume ao futebol, pronto, vá lá... eles venceram-nos, já percebemos todos isso, mas não é preciso embarcar em discursos delirantes do tipo vamos boicotar tudo o que é castelhano! Para quem adora o futebol, relembro que alguns dos nossos, por sinal, até ganham a sua rica vida em clubes castelhanos! Por isso, já basta de delírio tuga!
Noutros domínios - e falo da questão económica e financeira - só vos digo uma coisa: ainda bem que Castela está aqui à beira e tem recursos. Tenho cá para mim que ainda vai ser a nossa salvação.
Mas para explicitamente clarificar todo este delírio acerca do interesse estratégico português numa companhia estrangeira - sim, o Brasil é uma nação soberana e que já não faz parte do império, independente desde 1822! - , remeto-vos para um interessante post que descobri na blogosfera:
Vias de Facto: Ainda sobre o nacionalismo transnacional tuga

29.6.10

Dos papagaios e da selva que começa a despontar...

A propósito de uma certa onda que, acriticamente, parece começar a ganhar algum ímpeto - veiculando ou, em rigor, procurando vender a ideia de que só com a redução dos salários é que as contas públicas poderão ser recuperadas - , deixo-vos um curioso artigo de opinião de Paul Krugman, publicado no jornal brasileiro Estadão.
Num dos blogues que leio, com regularidade, já me insurgi contra esta ideia e volto a fazê-lo, explicando porquê: com o nível de endividamento com que as populações se encontram qualquer redução salarial, para além de injusta e demagógica, acarretará, com toda a probabilidade, o descalabro financeiro de muitos. É que há contas para pagar e empréstimos para amortizar. Ora, não recebendo ou recebendo menos, o consumo vai reduzir-se e se ainda for possível pagar as contas as coisas ainda não são críticas. Se não for possível, o crédito mal-parado vai aumentar exponencialmente, com consequências imprevisíveis a nível económico e a nível social.
Um dos argumentos habitualmente utilizados é o de que a redução da massa salarial faria reduzir o preço dos produtos. Se esse argumento é, para já não verificável - na Grécia, a redução da massa salarial fez aumentar o preço dos bens transaccionáveis (a inflação já vai nos 4%) - , a perspectiva de uma deflação seria catastrófica. É que todos conhecemos bem o que sucedeu no Japão, esse "tigre asiático" e modelo, durante tantos anos, para Portugal... A redução contínua do preço dos bens transaccionáveis teve/tem como consequência que as famílias, ao invés de consumirem, tenham vindo a adiar as suas aquisições, gerando, com essa decisão (na esperança de comprar o produto cada vez mais barato), um aumento das falências e do desemprego.
Esta é a razão pela qual fico sempre profundamente perturbado quando vejo a facilidade com que certas criaturas facilmente aderem e propagam certas ideias profundamente abaladoras do nosso agir colectivo.
Há 20 anos atrás, um então estudante de Economia e Gestão confidenciava-me que a nossa situação económica só melhoraria se se adoptassem, na contratação colectiva, as mesmas regras que vigoravam no Japão. Intrigado, perguntei-lhe se já alguma vez tinha trabalhado no Japão. Respondeu-me que não, mas que tinha aprendido na instituição onde andava a estudar que o modelo de contratação era óptimo. E passou a explicar-me: são contratados, mas só têm 3 dias de férias por ano: no dia de aniversário e noutros 2 dias que já não consigo recordar (1 seria, possivelmente, no dia da empresa!)
Fiquei boquiaberto perante a falta de inteligência do candidato a gestor que andaria na casa dos 20 anos. E perguntei-lhe: tu aceitarias ser contratatado com essas regras?
Querem saber a resposta?
Pois foi esta: obviamente que não! Isto é para ser aplicado aos trabalhadores da minha empresa! Da empresa que eu vou gerir!
Pois é, perante uma cabecinha desta - e às vezes acho que alguns dos que andam por aí a vender certas ideias poderão ter sido este estudante - já não tenho mais nada a acrescentar.

21.6.10

A caixa de Pandora

A catástrofe ambiental que, neste momento, ocorre nos mares assemelha-se a uma verdadeira caixa de Pandora de proporções ainda não totalmente avaliáveis.
Como será a vida de todos nós num futuro próximo é algo que tenho grandes dificuldades em antever, uma vez que as mais recentes projecções indicam que, caso nada se consiga fazer para travar essa maré negra, dentro de 18 meses, as nossas costas serão, também elas contaminadas.
E não adianta nada pensar que isso é problema dos outros ou que a América está longe. Somos todos cidadãos de uma mesma terra e, da mesma maneira que a falência de um banco nos EUA nos provoca problemas aqui, neste pedaço de terra, também a destruição da vida marinha e da água imprescindível à sobrevivência colectiva nos causará consequências imprevisíveis.
Os homens julgaram-se deuses e agiram como tal.
Agora, à semelhança do episódio bíblico da Torre de Babel, estão desorientados e já não sabem o que fazer.

1.6.10

Ainda sobre a Frota da Liberdade

O artigo, supra citado, vem hoje publicado num jornal australiano, abordando, com lucidez, a problemática do direito à segurança - que Israel e qualquer país civilizado e democrático merece - e os modos de, efectivamente, assegurar essa segurança.
Tenho bons amigos em Israel. Quando me visitaram, vai para 4 anos, o seu pavor chamava-se (e chama-se) Hamas, o grupo terrorista que não reconhece a existência do Estado judaico.
Não são loucos nem tão pouco estão possuídos desta fúria dos dirigentes que, em nome da propaganda, consideram que quem não reverencia o agir das suas elites políticas é terrorista.
Aliás, espanta-me muito que, num país, que tem vivido sempre acossado por numerosas guerras, com toda a facilidade as elites dirigentes rotulem os outros de terroristas e os diabolizem. Claro que compreendemos que tudo isso não passa de uma máquina de propaganda interna. Mas, também em Israel, há gente inteligente e não louca.
Esperemos que o bom senso prevaleça ou, caso contrário, o circo corre o risco de pegar fogo. E isso é algo que ninguém deseja.

31.5.10

Frota da Liberdade

Soube hoje, pela manhã, que o exército israelita atacou, em águas internacionais, a Frota da Liberdade, que se dirigia para a Faixa de Gaza, com 10.000 toneladas de ajuda humanitária, matando entre 10 a 16 pessoas e ferindo 60. Fiquei chocado. Uma análise às principais fontes noticiosas mostra que o mundo ficou perplexo com tal acção. Mas o texto que me parece mais lúcido acerca da real loucura que parece ter tomado conta de alguns dos que se julgam senhores do mundo encontrei-o num artigo de opinião publicado num jornal israelita e para o qual remeto.
Já não sei o que dizer ou o que pensar.
Adenda: um artigo de opinião acerca do acto absurdo dos governantes de Israel, com uma lucidez que me parece grande pode ser encontrado aqui.

23.5.10

Das técnicas de venda agressivas à satisfação do consumidor

Recentemente, tenho sido brindado com chamadas telefónicas a toda a hora, ora é a Rita não sei o quê, o Tiago, a Ivone qualquer coisa, o Filipe, a Francisca, a Bárbara, o Bruno, enfim, uma panóplia de supostos sujeitos, que me ligam questionando-me acerca da minha satisfação com os serviços da PT (Portugal Telecom), ora para responder a uma breve inquérito, ora para me anunciar que, agora, eu já posso fazer chamadas grátis e ficar a pagar a módica quantia de 59 euros mensais, mas que é um óptimo serviço, um presente que eu só posso agradecer com muita reverência e aplausos. Porque agora a minha velocidade vai aumentar, porque agora é o serviço fibra, e passados quatro minutos, liga a fulaninha a vender o serviço Meo, e não sei quantos canais e que eu tenho que aceitar, porque um cliente bom como eu só tem mesmo é que agradecer aos céus poder beneficiar de uma tal campanha, e um minuto depois, é a vez do sicrano vir apregoar os benefícios do serviço Sapo fibra 100 MB, porque este é que possui a velocidade ideal para as minhas necessidades!!!! E, às vezes, tocam o fixo e o móvel em simultâneo e é uma alegria, a toda a hora. Se alguém ler isto e tiver alguma responsabilidade nessa empresa, peço-lhe que, por favor, não me voltem a contactar para me vender rigorosamente mais nada. Porque eu não vou adquirir serviço nenhum. Eu não quero nada. Eu só quero paz. Não vale a pena insistir. A insistência só vai provocar uma coisa: a consciência da necessidade imperiosa de rescindir, o mais rapidamente possível, qualquer tipo de vínculo contratual com essa empresa.

24.4.10

A fúria da natureza finalmente explicada!

Definitivamente, o mundo parece ter enlouquecido ou, como diria um amigo meu, o circo já se estabeleceu na cidade há bastante tempo.
Se já nada parece surpreender - tal é a voracidade de notícias perturbadoras com que a comunicação social nos brinda todos os dias - , parece que alguns líderes religiosos, ou, pelo menos, aspirando a tal, decidiram animar um pouco mais a malta: os gays e as mulheres são os responsáveis por todas estas catástrofes com que a Natureza nos tem vindo a presentear!!!! Pelo menos, como assinala o jornalista onde recolhi a informação, a responsabilidade ainda não se estende à crise económica mundial ou às falências de grandes conglomerados financeiros.... Haja paciência, meu Deus!!!!

19.2.10

Quem te avisa, teu amigo é!

Porque este mundo está cada vez mais curioso, o humor é a solução.

12.2.10

Ai Eça de Queirós, da razão que tu sempre tiveste!

Regressei ontem do estrangeiro e vim encontrar um país decadente e à beira de tocar o fundo.
Curioso é que o único canal televisivo em língua portuguesa - a RTP Internacional - me brindou com muita música e pouca informação relativamente aos grandes assuntos que parecem estar a agitar o país.
Curioso também é que a CNN clamava na 3ª feira que a Grécia, a não ser que conseguisse uma ajuda de emergência dos parceiros europeus (a coisa era apresentada através de um empréstimo ou de um avanço de fundos do BCE), estaria em bancarrota nas próximas 48 horas.
Curioso este país onde nasci e onde vivo.
Não vou naturalmente comentar nem sequer falar do fundo do poço, porque ainda lá não chegamos, mas, atendendo à eficácia do país de 1º mundo que somos, em particular naquilo que respeita ao funcionamento da justiça, da educação, da ética e da responsabilidade de todos os actores, temo bem que o nosso futuro seja mesmo o de ouvir música e de nos alegrarmos muitíssimo com as cantigas que passarão a ressoar no nosso imaginário colectivo.

2.2.10

Tenho vindo a acompanhar, com preocupação, a evolução da situação do nosso estado de coisas.
Se os fóruns internacionais já colocam em questão a viabilidade do euro, enquanto moeda de referência internacional, as últimas notícias do Fundo Monetário Internacional deixam-me com a sensação de que o pior ainda está para vir e que, algures este ano ou no início do próximo, iniciaremos a descida aos Infernos. E o mais curioso é que nada disto parece preocupar o alegre e pacato povo.
Obviamente que podemos argumentar que isto são palavras dos senhores da finança internacional e que os mesmos possuem uma agenda oculta. Até pode ser. Não digo que não. Porém que nos restará, num futuro muito próximo?
Agitação social, grande agitação, confidenciava-me uma amiga há umas semanas atrás. Pode ser, mas isso também não responde à questão primeira.
Desemprego? Já o temos! Incerteza? Já nos habituámos a viver com ela. Precariedade? Ora, todos a vivemos....
Que fazer?
Ora, dar uma valente gargalhada e comer chocolates, naturalmente, porque aí reside toda a metafísica deste mundo absurdo em que vivemos!

Scanner de mentes

A última novidade dos gadgets tecnológicos está a chegar!
Já não falamos dos scanners corporais, mas de um aparelho capaz de ler as mentes mais perversas e de garantir a segurança de todos quando decidem, colectivamente, embarcar num avião rumo a um qualquer destino! A acreditar nas notícias, a coisa parecerá funcionar...
Já não sei se ria ou se chore, mas os tempos que vivemos assemelham-se, cada vez mais, ao mundo do circo. Se calhar, por isso, a recente passeata, nas ruas de Lisboa, dos profissionais das artes circenses, me pareça um acto completamente normal e não inusitado.
E podia comentar outras coisas, mas já não me apetece.

15.1.10

Mário Mendes bateu a 120 quilómetros/hora mas acidente não será investigado pelo MP

A informação é do Jornal Público.
Perante situações destas, nem me apetece comentar.
Todavia, sou de opinião que, a bem de um esclarecimento cabal acerca do mundo em que vivemos e para evitar mal entendidos presentes e futuros, o legislador deveria tornar lei as situações de excepção que a lei obriga a todos os cidadãos. Ficaríamos todos muito mais descansados.
Ah, e outra coisinha: seria de todo importante que todas as viaturas, que constituíssem excepção à lei, tivessem uma marca claramente distinguível para que, amanhã, não nos ocorresse cruzarmo-nos com elas.

11.1.10

Confissões

Já há bastante tempo que cá não vinha. Mas hoje, agora, sinto necessidade de escrever um pouco e de partilhar o que me vai na alma, por assim dizer. Sei que sou muito melhor e provavelmente mais eficiente na escrita do que na oralidade. Aliás, um dos meus temores, quando era ainda um miúdo nestas andanças da vida, era precisamente o ter que me expressar oralmente e em público. Engraçado como hoje me sinto tão à vontade para falar para um auditório repleto de centenas e centenas de pessoas. Mas ao telefone, oh meu Deus!!!! Já me disseram que eu era a pessoa mais formal que alguma vez pudera existir. Bem, de facto, não foi exactamente assim que me disseram, mas pronto, digamos que eu abrevio as coisas para esta forma de dizer. Mas ao telefone, oh meu Deus!!! E hoje foi a tragédia total. O formalismo de lado e a informalidade a todo o vapor. Ai, e a minha cabeça, e as minhas indecisões.... Valeu que quem me escutava, pacientemente, do outro lado da linha, me apoiou e me ajudou a focalizar as verdadeiras questões.
Se eu não tivesse acabado de regressar de férias, diria que estou a precisar de ir até às Caraíbas ou, sei lá, até a um espaço onde encontre um sol quentinho e um abraço que me faça sentir vivo e capaz de raciocinar racionalmente.
Espero poder, em breve, encetar uma nova viagem de circunavegação e chegar até ao Oriente, pois estará a fazer dois anos, dentro em breve, que eu fiz essa viagem. E foi o melhor que me podia ter acontecido. Preciso, com urgência, de regressar a esse local onde os pássaros azuis voam bem alto nos céus e onde o dia é sempre Luz, Calor e Emoção. Preciso. Muito.