21.9.08

Quotidianos V

Philip West
O anzol, 1977

Óleo sobre tela

99,5 x 65 cm

Ex-colecção Cruzeiro Seixas, doação Eng. João Meireles, colecção Fundação Cupertino de Miranda

Mayanna von Ledebur
A preocupação pelo estado de saúde de um amigo. As notícias acerca do seu estado. A leitura ansiosa dos jornais. A busca, com olhar clínico, de ofertas de emprego numa área específica do saber e da acção. A alegria por ir encontrando algumas coisas. Sempre são alternativas, mas o ambiente económico está, infelizmente, muito degradado. Todavia, há-de-se encontrar aquilo que se deseja. O importante é nunca cruzar os braços. É acreditar. E lutar por aquilo em que se acredita. Com veemência. Com fé. Com entusiasmo. Com alegria. Com vontade de vencer.
No fundo, procurando sempre, nos acasos do quotidiano, a Poesia que nos permite olhar o real e sonhar. E acreditar que, pela imaginação, pelo sonho, a Poesia é possível. Visita minunciosa à exposição sobre o Surrealismo, na Fundação Cupertino de Miranda. Redescobrir, nas palavras do comissário da exposição, toda a Poesia que guia a Vida. A provocação. As origens. O pensamento mágico. O acaso. O jogo. O delírio. A arte e a recusa das convenções estéticas vigentes. Aprender com quem sabe e ter gosto nessa aprendizagem. Banho cultural intenso, prolongado, no dia seguinte, por uma visita solitária ao Blindspot, de Mayanna von Ledebur, no Museu da Imagem. Olhar o corpo humano de uma outra forma. Vivenciar o alheamento. A dor. A solidão. Mas também a imaginação  e o campo de possibilidades que o corpo potencia.

8 comentários:

João disse...

Antes de mais, obrigado pelo acolhimento virtual. E também pelas sugestões que deixas para VER aqui - tão próximas! Quanto à dor, é ela que nos alerta e que, só assim, nos move! Mas a esperança deste cérebro infinito faz milagres...
Um Grande Abraço (quasi_sensorial)

Anónimo disse...

o meu obrigado pela visita ao meu blog e pelo seu simpático comentário...

antónio gonçalves

João disse...

Ainda não percebi bem o que se passa, mas seja o que for força aí e um grande abraço.

João Roque disse...

Este mundo está uma merda!
Só oiço queixas de todo o lado, eu próprio as faço...
Entretanto é bom podermos agarrar-nos a "pedaços" de cultura, para não cairmos naquela rotina pooco saudável de não nos sentirmos realizados no dia a dia...
Abraço.

Kapitão Kaus disse...

ophiuchus:)

Obrigado pela visita:)
Tivera eu mais tempo disponível e menos compromissos profissionais e o cartaz seria bem mais interessante. Assim, ficam umas pinceladas, ora por aqui, ora por ali...

Abraço recebido e retribuído!:)

Kapitão Kaus disse...

António:)

O prazer é todo meu!:)
E que arte magnífica que o seu blogue nos permite fruir!

Merci!:)

Kapitão Kaus disse...

João:)

Por cá já se resolveu tudo e já está tudo bem.
Obrigado pela força!

Abraço grande!:)

Kapitão Kaus disse...

Pinguim:)

Concordo plenamente!
Viva a intervenção cultural!
Abraço:)