6.3.08

Os meus tormentos com um aparelho de GPS…

Hoje, embora sobrecarregado de trabalho lá na empresa, decidi ir passar o fim-de-semana fora, para ver se o Sol me abraçava com os seus raios de energia quente e luminosa. Procurei no mapa o nome de uma terra estranha (estejam descansados, não foi o Entroncamento!!!) e um simpático e acolhedor hotelzinho. Registei o nome: Tamengos. Sabem onde é que isso fica? Pois eu também não sei. O meu espírito de navegante, descobridor de aquém e além-mar, levou-me a entrar para dentro do carro e a registar no monitor do GPS esse insólito e inusitado nome. E por incrível que pareça, o aparelho aceitou-o de bom grado. Claro que eu nem me dei ao trabalho de ir verificar num mapa aonde carga de água isso ficaria… Decidi partir à aventura…. E foi assim que o GPS me levou até à porta de um pequeno cemitério de uma localidadezinha chamada Tamengos. Eu nem queria acreditar no que me estava acontecer: e a maquineta, aquela geringonça made in Japan, incessantemente a repetir “Você chegou ao seu destino! Você chegou ao seu destino! Você chegou ao seu destino!” E não é que não havia vivalma nessa localidade. Eu, à procura de um lugar charmoso e simpático para descansar uns dias, em comunhão com Horus e Osíris, e com o carro parado à porta de um cemitério… E o cemitério escancarado, ainda por cima…. Claro que a situação me fez recordar o momento em que numa assembleia de uma junta de freguesia se discutia se se haveria de gastar dinheiro na colocação de um portão no cemitério e se decidiu que não valia a pena, pelas seguintes razões: 1) Os que estavam lá dentro não podiam sair; 2) Os que estavam cá fora não queriam entrar. E o mesmo se passou comigo. Lá desliguei aquela estúpida máquina e, mal avistei o coveiro, inquiri-o delicadamente: - Diga-me amigo, onde fica o hotel charmoso desta localidade? O cavalheiro esboçou um esgar irónico, mas teve a decência de me responder: - É só fazer inversão de marcha, e seguir sempre em frente, passar a primeira e a segunda, virar à esquerda, chegar a uma rotunda, contornar, virar à esquerda e depois à direita e novamente à esquerda, e chegará ao seu destino. Ainda pensei que o magalo estivesse a gozar comigo, mas entre ficar ali e ir dar uma curva, agora já com o GPS desligado, optei pela segunda hipótese. E assim foi, depois de me ter arrependido várias vezes de ter saído para fim-de-semana, e de ter resistido várias vezes em telefonar a um estimado amigo que possui um GPS com mapas actualizados e super eficiente, lá encontrei o hotelzinho de charme.

10 comentários:

Hydrargirum disse...

Este texto...esta aventura...está excepcionalmente descrita!!!

Isto foi gargalhada...atrás de outra...a parte do cemitério...Albeit Dark...Foi do melhorio!:)

Priceless!!!

Você chegou ao seu destino...IRRA...nem pó!!!!://// Que tétrico!:)

:)))))

Abraço grande:)

Olá!! disse...

hehehe... é o que eu digo, GPS para quê????
Beijosssssss

Kapitão Kaus disse...

Caros Amigos,

Muito obrigado pelas vossas palavras.
Eu, de facto, tenho uma relação conflituosa com estas máquinas, mas espero que elas me possam indicar, ao menos, um caminho para os números do Euromilhões, já que são totalmente incapazes de dar indicações credíveis acerca da geografia.

Abraços e beijos:)
KKF

Will disse...

Fogo... "chegou ao seu destino"???

Só daqui a muito tempo, eheheheh!

Lisa's mau feitio disse...

Kapitão dos tsunamis de beijos!!!

Andei puramente arredada aqui do blog. Não foi por mal, mas simplesmente nunca mais me lembrei, a ver se coloco o meu kapitão nos meus linkezitos!!

E ontem, em conversa com a nossa Olááá Maria, jurei a mim mesma que de hoje não passava!! Logo já lá enfio o link!!

Oh Kapitão!! Porque não me levaste na viagem para esse hotel maravilhoso à beira do cemitério plantado??? Eu seria o melhor GPS do mundo!! Não te anganavas de certezinha!!
Para a próxima, já sabes... Também vou!! Para o Hotel de luxo, claro. O cemitério, dispenso por hora... Cruzesssss...

Mil beijinhos da Lisa!!

João Roque disse...

Estranha, curiosa e divertida história acerca de um GPS; eu divirto-me imenso, nos percursos há muito conhecidos como os mais recomendados no binómio tempo/distância e o GPS me manda noutra direcção, mas nunca me mandou para a porta de um cemitério; aliás se eu indicasse "Prazeres" teria o cuidado de especificar...
Abraço.

Anónimo disse...

Modernices...

Kapitão Kaus disse...

Caro Will: obrigado pelas tuas gentis palavras! É sempre reconfortante ouvir-te!
Abraço:)

Lisa, Oh Lisa que tens andado tão desaparecida!!!
Estás bem?
Obrigado pela visita.
Beijos (tsunamis)!

Pinguim: pois é, caro amigo, nunca tal me tinha acontecido! Fiquei estupefacto! Decididamente, não acredito mais naquelas geringonças!!!
Abraço:)

Rato: tens toda a razão!
É que aquilo não serve mesmo para nada, pois, no fim, todos temos que andar a pedir "Oh tio, tem lume?"
Abraço:)

Julieta disse...

Kapitão,

Hoje só esbarro com historias insolitas... parece que ando a fazer a terapia do riso ;)
Como costumo dizer... ninguém merece um GPS desses!!
Espero que o resto do fim-de-semana tenha sido bem melhor!

Beijinhos com carinho

Kapitão Kaus disse...

Olá Cara Umabel,

Nem imaginas o que a desgraçada da máquina me tem feito passar. Já não me atrevo a ligá-la quando levo alguém no carrito, para evitar passar vergonhas...

Quando algum amigo ou amiga entra no meu carrito e vamos para um sítio desconhecido, pergunto-lhe logo se, por acaso, não terá um GPS portátil, porque o meu está avariado. Costumo dizer que lhe caiu um raio em cima e que lhe queimou os fusíveis todos!!!!... E que, por isso, não é muito conveniente ligá-lo, pois pode causar choque a quem o manuseia... e a tragédia é que é mesmo verdade... fico sempre em choque quando tenho que o usar...

Beijinhos e excelente fds:)
Kapitão