Estarreci.
Juro que não queria acreditar!!!!!
A cachopa ia-a acompanhando e não retorquiu qualquer palavra.
Acabaram por se afastar e sairam da minha vista.
Recordei então, uma ocasião em que um Amigo me veio visitar e, confrontado com uma situação similar, me chamou a atenção, inquirindo-me se se passaria alguma coisa com as traseuntes que, com mimos tão inusitados, se tratavam entre si. Na altura, respondi-lhe que já estava habituado a esse discurso. Olhou-me boquiaberto.
Mas, desta vez, fui eu que fiquei profundamente perturbado com o linguarajar daquela criatura. Que aparentemente seria mãe, madrasta ou teria algum tipo de vínculo com a criança em questão.
Entretanto, dirigi-me ao parque de estacionamento, para retirar a viatura. E aí recordei uma outra situação, ocorrida há cerca de 20 anos atrás, numa ocasião em que eu, procurando adquirir uma mobília para a instalação de uma cozinha, me dirigi, repetidas vezes, a um mesmo estabelecimento comercial. Era sempre atendido pela mesma vendedora: uma moça jovem, na casa dos 28-30 anos, bonitinha de corpo e de cara, mas que faria muito melhor negócio se só recorresse à linguagem gestual. É que ela, apesar de eu me fazer acompanhar de uma amiga, acabava sempre por orientar a conversa acerca do custo da mobília para assuntos de natureza pessoal que me perturbavam particularmente (e que faziam rir às gargalhadas a minha amiga).
Passo a explicar a situação: depois da 1ª visita ao estabelecimento, conversa para aqui, conversa para ali, ela disse-me que me conhecia. Ora eu, que tenho uma excelente memória visual (infelizmente, o mesmo não pode ser dito da memória dos nomes das pessoas), não me recordava nada da dita senhora. Mas ela disse-me de onde me conhecia: sabe, o senhor é cliente da loja onde trabalha o meu marido. O meu marido é o C....., da loja X, onde o senhor compra os fatos! Ah..., respondi eu. Já tinha identificado o marido: um rapaz. muito simpático, na casa dos 3o anos. Pois sim, já estou a ver....
Bom, como a compra do mobiliário só se efectuou depois de pesadas negociações com o patrão dela (na altura eu contava mais os tostões, até porque só estava a trabalhar há um ano), a senhora, por razões que ainda hoje eu não consigo descortinar, acabava sempre por me confessar, entre uma pergunta acerca da qualidade do material e outra acerca da inclusão ou não do IVA no valor final, que qualquer dia colocaria os pirulitos ao marido! Era assim mesmo, com estas palavras!
A minha amiga, quando pressentia que a louca estaria prestes a atacar, piscava-me o olho e perguntava-lhe sempre a mesma coisa: olhe, e quantas crianças é que estão a pensar em vir a ter? Três ou quatro?
Eu, pela minha parte, tocando na madeira (3 vezes!), respondia-lhe sempre o mesmo:
- Ai sim?!??? Olhe, e esta mobília? Custa quanto?...
7 comentários:
O mundo está perdido... ;)
brinca-se mas o facto é que isto é revelador da qualidade da formação humana...
Tens cada experiencia...
Happy easter
De facto há gente muito idiota!
Mas essa história da senhora da loja está demais! Devias ir à procura dela para ver como as coisas andam!
Olá Lobinho:)
Obrigado pela visita!
De facto, tenho algumas experiências curiosas, mas isso também sucede graças às "qualidade" dos meus conterrâneos! LOL
Abraço:)
Olá Ângelo:)
Eu, voltar a ver a senhora da loja???? Nem pensar! Se, na altura, ela já era louca, imagina agora como estará! Louca e velha!!!! Nem penses pá!
Abraço:)
Tive amigas de infância que foram tratadas assim. Agora as mães são uns anjos ao pé delas e bastante dependentes delas, acreditas?
Caro Kapitão
essa senhora da loja era realmente louca (coitado do marido, em todos os aspectos), mas prefiro-a a essa outra mulher com tratamentos dessa forma para uma miúda, seja qual for o grau de parentesco entre ambas...
Abraço.
esses momentos são extremamente embaraçosos. Curiosamente quando presencio essas situações sou eu que fico envergonhada. E sou um terceiro naquela situação, ou seja, não é nada comigo. Mas uma mãe que dirige tais palavras à filha... é uma grande educadora, sem dúvida!
obrigada pelo comentário :)
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