22.8.08

Uma tarde no museu

Quase todas as obras, cujas fotografias aqui se apresentam, pertencem a autores famosos de renome internacional e encontram-se expostas, com pompa e circunstância, num conhecido museu da cidade de Lisboa: o Museu Berardo, no Centro Cultural de Belém. A última fotografia da obra exposta intitula-se "O visitante em busca de uma imagem" e é, sem dúvida, uma das minhas preferidas (private joke).

8 comentários:

Anónimo disse...

Tudo é arte... desde que seja visto como tal...
Gostei da última mas aquele extintor... ;)

Kapitão Kaus disse...

Olá enginethrobs:)
Obrigado pela visita:)
Tens toda a razão:o conceito de arte depende das convenções que assumimos ao ler um objecto.

O extintor estava lá, na sala, junto com a cadeira. Eu acho que ele também poderá (?) ser lido como artístico... enfim, não sei...

Quem me acompanhava não achou piada nenhuma a alguns dos objectos "artísticos" expostos, daí que a última foto foi uma tentativa minha para revestir de alguma arte um objecto cujo título era precisamente "Sem Título" e que a penúltima fotografia evidencia.

Abraço:)

paulo disse...

quando lá fui, fartei-me de tirar fotos e adorei, como será fácil imaginar. claro que gosto da tua ironia! que grande cabeça no auto-retrato!

Kapitão Kaus disse...

Paulo, é um museu interessante, mas, para ser sincero, estava à espera de algo mais rico, e mais interactivo. Devo confessar que fiquei algo defraudado, atendendo às largas centenas de milhões de euros que o museu custa ao erário público.

Não resisti à minha "intervenção cultural" sobre uma das telas em exposição, até porque, estando acompanhado e em diálogo permanente com o meu gentil e paciente interlocutor, compreendi e concordei com o seu desconforto em relação àquela tela em branco (bem como em relação a diversas outras obras de "arte" em exposição).

A cabeça ficou uma cabeçorra, algo de excessivo, o que não deixa de ser verdade, porque um dos traços que me define é exactamente isso: a tendência para a excessividade, para a hipérbole, para o exagero... E depois de uma tela em branco, considerada arte, porque não uma intervenção fotográfica sobre essa mesma tela. Continuamos no domínio da arte ou da paródia da noção de arte...

Abraço:)

paulo disse...

lol, nós próprios quando lá fomos fizemos questão de interagir e com resultados bem interessantes. um dia ainda hei-de ir a essas fotos!

abraço!

Anónimo disse...

Reformulando o que queria dizer:
A Arte é aquilo que gostamos de ver.

A fotografia do extintor é Arte se EU gostar (e foi a que eu gostei mais)... se não, é uma foto.

Numa ida ao museu, não só as peças expostas devem ser consideradas com Arte.. e eu não sou o único a tirar fotos de aspectos do Museu, ou de ângulos diferentes das peças... (eu adicionei umas fotos em http://drawinglight.wordpress.com/ como exemplo)

Interacção! Nem mais: uma vez numa sala do MoMA de Nova Iorque estava uma parte do chão coberta por rebuçapds de mentol e pedia-se num letreiro para cada visitante tirar apenas um rebuçado de onde quisessem, que no final do dia repunham o stock.

Eu acho o conceito lindo, de rebentar os miolos! Todos os dias seria diferente...

Da mesma maneira que vendem lá "Tangles" (http://www.tangletoys.com/) que dão para mudar quando se quiser, são "peças" de "arte" mutáveis...
Não dá para enjoar....

Kapitão Kaus disse...

Paulo, mostra! Mostra! Mostra!
Abraço:)

EnGine: concordo contigo. A arte depende das convenções estéticas à luz das quais lemos o mundo e os objectos/eventos nele existentes.

Essa situação de interacção que referes, no Museu de Arte Moderna, de NY, devia ser espectacular. É assim que eu gosto de viver e de interagir com a Arte. (No meu percurso académico debrucei-me sobre alguns aspectos de determinadas formas de produzir arte e, ainda hoje, me sinto fortemente seduzido por todas essas questões).

Obrigado pela partilha das fotos. E pela referência a essas obras de arte abertas ou em movimento. Adorei:)

Abraço:)

paulo disse...

amanhã, mostrarei!