Certo dia, um viajante chegou a uma pequena terra, situada no centro do mundo. Era uma localidade com pouco mais de 3 ou 4 centenas de habitantes que possuia um largo, algumas dezenas de casas, um bar, uma fábrica e uma igreja. A terrejola estava longe de tudo e, nesta história, ainda não havia tecnologia, internet ou telemóveis. Era tudo à maneira antiga.
Pois bem, o nosso viajante, que era um ser bastante curioso, quis saber como é que, perdidos num fim de mundo, sem tecnologia, rádio ou tv, os habitantes sabiam a hora correcta em que se encontravam.
Inicialmente, pensou que os mesmos se orientassem pelos movimentos do sol, mas, inquirindo alguns habitantes, rapidamente constatou que a estratégia para a determinação da hora correcta era outra.
Inquirido o padre, o mesmo referiu que olhava para o seu relógio de pulso e, quando o mesmo indicava meio-dia, ele próprio se encarregava de tocar o sino.
- E como tem a certeza que é mesmo meio-dia?
- Ora, é fácil! A essa hora, toca a sirene da fábrica, do outro lado da cidade!
- Humm, está bem visto!
Inquirido o encarregado da fábrica, o mesmo referiu que olhava para o seu relógio de pulso e, quando o mesmo indicava meio-dia, ele próprio se encarregava de accionar a sirene.
- E como tem a certeza que é mesmo meio-dia?
- Ora, é fácil! A essa hora, toca o sino da igreja, do outro lado da cidade!
- Ah...! Pois...
Tenho, cá, para mim, que esta história não está muito longe daquilo que actualmente se está a passar nos mercados financeiros mundiais: quando uns compram, os outros vão atrás; quando uns vendem, os outros replicam o gesto. E todos convencidos que sabem bem o que estão a fazer...
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